DEBAIXO DA LÍNGUA MORTA

caronte

UM ÓBOLO PARA CARONTE

venera a empáfia dos revolucionários e milita uma afoiteza frívola nos percalços do mais amargo. compensa o balouçar dos promontórios pelo escarpado odioso dos setores securitizados. face às lufadas oblíquas, estima o lamaçal das umidades relativas. pai dos draconianos, remorde uma cláusula entesourada em certa mira disposta a varreduras por milimétricos escrutínios. com ar extremoso e carregado, camufla-se sob a eloquência dos bons exemplos. aparente rã tranquila em águas pantanosas: espia o céu em angulação telescópica. cultivou junquilhos, grimpou sequoias quando monos e batráquios ajustaram suas molas reforçando o estaqueamento de palafitas miraculosas. mas evadia-se da contação de histórias, da pecha grudenta das façanhas grandiloquentes. oscilava entre sutis intermitências. era um apanhador de mínimos detalhes. e os retinha até que se assimilassem a seus contrários. ou a aparentes disparates. suas moedas no Styx vinham sob línguas sem sintaxe. desconfiava de quem só o bem lhe desejasse. barqueiro bêbado na travessia do Hades, ribeirinho das margens móveis do quase.

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